segunda-feira, 29 de março de 2010

Antes que a lâmpada do templo se apague

                   O chamado específico de Samuel.
Samuel foi criado com esmero, dentro das leis mosaicas e tradições; teve uma excelente instrução, adquiriu intimidade com o ofício sacerdotal e conhecia os segredos da função… Mas isto não foi relevante. O segredo de seu ministério, em primeiro lugar, é que ele foi chamado, vocacionado, escolhido pelo Senhor para esta obra.
Quando a influência humana prevalece, o fracasso é iminente.

Questão de parentesco: filhos de Ceva (At 19.13-16); questão de posição: rei Saul (I Sm 13.11-14); questão de aparência: irmãos de Davi (I Sm 16.7); questão de posição social: filhos de Eli (I Sm 2.34). Todos estes parâmetros são usados pelos homens, mas em cada um deles, houve uma rejeição divina.
Seja parente de sacerdote, ocupe cargos imprtantes, tenha uma boa postura, esteja na linhagem de sucessão ao cargo, se não há uma chamada específica, não haverá sucesso no empreendimento.

Mas quando a vontade de Deus é respeitada, tudo coopera para o pleno êxito. E se houver dificuldades, o impossível acontece. Se for necessário citar: a sarça queima e não apaga, a fornalha não consome, o barco não afunda, o leão não devora, o gigante não guerreia, o sol e a lua obedecem, o mar se abre, a rocha fornece água, os corvos trazem pão, um vence mil, trezentos vencem milhares. Aleluia!
- O significado da expressão: “… antes que a lâmpada de Deus se apagasse…”
Sentido literal
Havia no Tabernáculo e depois no Templo, um castiçal de ouro puro (Ex 27.20,21), cujas lâmpadas eram ajustadas cada noite pelo sacerdote, de modo a queimar e iluminar o Lugar Santo até que nascesse um novo dia. Disto podemos concluir que:
a. Samuel foi despertado de madrugada, ou seja, nas primeiras horas da manhã;

b. Antes que a noite chegasse, a lâmpada devia receber azeite;

c. O azeite devia ser suficiente para durar a noite toda… devia ser cheio até a borda.
Lições que aprendemos nesta verdade:
a. Devemos ser despertados por Deus, na madrugada, para assumirmos a vocação que Ele nos dá;

b. Antes que a noite espiritual chegue, precisamos buscar azeite (unção do Espírito) em nossas vidas;

c. A medida de azeite deve ser a maior possível… a noite é longa e precisamos estar preparados para atravessá-la. (Mt 25)
Sentido figurado
O castiçal é símbolo da Igreja (Ap 1.20) e a lâmpada, símbolo da atuação divina através do Espírito Santo. Ou seja, antes que o agir do Espírito se apague na Igreja, Deus chama “Samuels” para reavivar o ministério e reconduzir o povo ao verdadeiro culto ao SENHOR.
O contexto da chamada de Samuel era o seguinte: a situação espiritual do povo era precária; havia uma completa falta de temor e reverência principalmente por parte das lideranças estabelecidas; Deus já não se manifestava com freqüência (I Sm 3.1), devido ao pecado que se alastrava; os sacerdotes, que já tinham o seu sustento estabelecido por Lei, avançavam sobre o que era dedicado exclusivamente a Deus. Neste ponto vale uma ressalva: aquilo que é de Deus, o homem não pode tomar para si. O louvor, o reconhecimento, a glória, pertencem exclusivamente a Ele.
A lâmpada da presença divina e da atuação do Espírito Santo estava se apagando, parecia que a nação mergulharia numa era de trevas, mas antes que a situação chegasse a um ponto irreversível, Deus revelou-se a um menino e o chamou para liderar um grande avivamento.
Deus sempre chama alguém, antes que a lâmpada se apague.

Aos cristãos que lutaram muitas batalhas pela causa do Mestre. Aos que sofreram e suportaram as maiores perseguições. Aos que resistiram ao Dia Mau sem negar a fé. E hoje sofrem por ver a situação se deteriorando, a nova geração se afastando dos princípios imutáveis da Santa Palavra de Deus. Deixem-me consolar-vos o coração com esta palavra: Deus não vai deixar a lâmpada se apagar.
Deus vai chamar e levantar alguém neste tempo e vai chamar:
a. Para um ministério eficaz

b. Para uma pregação contundente

c. Para uma conduta exemplar

d. Para enfrentar a frieza espiritual

e. Para conduzir as pessoas de volta a Deus.
Não foi assim que Ele sempre fez na história? Vejamos:
Elias:

Acabe e Jezabel instituíram o culto a Baal e levaram todo o povo de Israel à idolatria.
A adoração a Deus foi substituída pelas estranhas oferendas a um deus estranho.
Os sacerdotes e profetas foram comprados com banquetes e honrarias (cuidado obreiros, Jezabel continua tentando comprar os ministros de Deus).
A lâmpada da presença divina estava se apagando… trevas espirituais cobriam a terra. Os fiéis eram mortos ou viviam escondidos em cavernas.
Mas o contra-ataque divino não se fez esperar. Se o inimigo levantou um rei idólatra e mal, Deus chamou e enviou a Elias, o profeta que reacendeu a chama e fez retornar o povo ao culto e adoração ao Único e Verdadeiro Deus. (I Rs 18).
Daniel, Sadraque, Mesaque e Abednego (Livro de Daniel):
Nabucodonozor, rei da Babilônia, escravizou o povo de Deus e, além de levar os tesouros do Templo, usou de um sábio estratagema para erradicar o culto a Jeová.
Tomou a elite florescente do povo, os jovens de classe elevada, os mais sábios e influentes, os que certamente constituiriam a futura liderança da nação e os colocou como alunos/aprendizes, debaixo da influência e autoridade de seus conselheiros: magos, astrólogos, adivinhadores e os supostos sábios de sua corte.
Babilônia seduziu os mais proeminentes jovens de Judá com seus manjares, a ponto de os mesmos prostarem-se diante dos ídolos e orarem somente ao rei, obedecendo a seu decreto.(Jovem, resista ao assédio da Babilônia deste século… que é o mundo).
Mas, mesmo na escravidão e dentro do covil de satanás que era a Babilônia, Deus não queria permitir que a lâmpada de sua presença se apagasse.
Antes que a influência do mal dominasse o coração dos jovens líderes e, através deles, atingisse toda a nação, o Senhor chamou quatro moços de fibra. Juntos, eles abalaram as estruturas da corte babilônica. Não somente se destacaram entre seus pares, mas foram achados dez vezes mais doutos do que seus próprios mestres.
Alcançaram posição de destaque, enfrentaram e venceram desafios e mantiveram

acesa a chama da presença divina.
Martim Lutero (1483+1546):

Na tenebrosa Idade Média, a igreja oficialmente instituída distorceu o Evangelho de tal forma que a graça e a misericórdia divinas foram substituídas por indulgências (uma prática estritamente comercial, onde os clérigos vendiam a salvação aos fiéis, extensiva inclusive aos familiares já falecidos). A salvação era comprada e a instituição religiosa acumulava terras, tesouros e riquezas, como até hoje se vê.
Rituais estranhos, doutrinas espúrias, ditadura espiritual e violência descontrolada. Sob uma máscara de piedade, estas práticas foram sendo disseminadas. Não mais uma cidade ou uma nação, mas o mundo cobria-se de trevas. Parecia que o Espírito Santo estava ausente da terra.
Mas quando se cria que da lâmpada divina só restariam cinzas, eis que sopra um vento veemente sobre o globo terrestre.
Deus escolhe um homem, e através dele, inicia o contra-ataque contra os exércitos da escuridão e da maldade. Foi uma época em que as forças espirituais travaram batalhas épicas pela supremacia no mundo, mas a despeito de toda a estratégia, o esforço de guerra, o investimento pesado do império do mal, Aquele que é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores; o que tem a Chave de Davi, que abre e ninguém fecha, que fecha e ninguém abre; o que tem todo o poder nos céus e na terra; Ele não pode ser vencido.
Ele foi perseguido, excomungado, raptado, ridicularizado, incompreendido, mas a lâmpada foi reavivada pelo ministério do Apostolo da Reforma, Martim Lutero.

Assembléias de Deus:
Em 19 de Novembro de 1910, uma lâmpada de Deus foi acesa em terras brasileiras. Durante os últimos 97 anos, inimigo do povo de Deus tem investido com sua força, seus adeptos, seus meios e sua fúria para apagar esta luz, mas esta obra é divina e o azeite ainda não parou de jorrar, ela continua acesa!
Hoje, como nos dias de Samuel, muita coisa negativa acontece.
O Evangelho da Salvação em muitos lugares está sendo substituído por um evangelho de entretenimento; os cultos pentecostais e reverentes, dão lugar a shows e festas desprovidos de qualquer espiritualidade; os cânticos espirituais foram mudados em ritmos frenéticos, dança e luzes coloridas; a palavra profética foi trocada por declarações positivas e frases de efeito; os ministérios viraram carreiras, os discípulos viraram fãs e os condutores de almas são menosprezados e substituídos por animadores de auditório.
Sabe o que é isto? È a lâmpada de Deus se apagando. A presença divina, o agir do Espírito Santo sendo trocado por elementos humanos!
Fica a pergunta: A quem Deus vai chamar? Qual será o instrumento divino para esta época?Haverá jovens que se apresentarão ao Senhor, dizendo: Eis-me aqui?Quem conduzirá o mundo a um reencontro com o Deus Verdadeiro?Quem terá coragem de expor, de ser o referencial em sua igreja, sua casa sua escola?
Antes que a lâmpada de Deus se apague, o Senhor está o chamando!
Você pode ouvi-lo dizendo teu nome? Não tenha dúvidas, ainda que seja um(a) menino(a), foi a ti que Ele escolheu!
Se estiveres lendo ou ouvindo esta mensagem, atenda o chamado! Tua vida jamais será a mesma!Pense nisto!
Samuel foi a resposta de Deus aos irreverentes filhos de Eli.
Elias foi a resposta de Deus ao idólatra rei Acabe e sua nefasta esposa.
Daniel e seus amigos foram a resposta de Deus ao orgulhoso rei Nabucodonozor.
MartimLutero foi a resposta de Deus aos corruptos religiosos do século XVI.
O adversário diz que a Igreja de hoje não tem mais poder de Deus e que a lâmpada vai se apagar.
Onde está a resposta de Deus para esta geração?


                            VOCÊ É A RESPOSTA DE DEUS PARA ESTE TEMPO!

                 Menssagem ministrada pelo conf: Lucian Lima na cruzada em Feira de Santana.




segunda-feira, 15 de março de 2010

Raquel a amada de Jacó




"Vendo Raquel que não dava filhos a Jacó, teve inveja de sua irmã, e disse a Jacó: Dá-me filhos, se não morro. Então se acendeu a ira de Jacó contra Raquel, e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto de teu ventre?" (Gênesis 30:1-2)



Raquel, filha de Labão, irmã de Lia, era a amada de Jacó. Mas, apesar de Jacó amá-la tanto, não foi com ela que ele se casou, primeiramente.

Labão, pai de Raquel e Lia e tio de Jacó, foi injusto com sua filha mais nova, Raquel, dando a sua irmã mais velha a Jacó como esposa. Este foi um ato de traição que deixou Jacó e Raquel atônitos e revoltados, pois o interesseiro Labão havia exigido dele servi-lo por sete anos para poder se casar com sua filha mais nova. Jacó não mediu esforços e concordou com seu futuro sogro a fim de obter a mão dela, pois a amava no mais profundo do seu coração.



Quando eu fazia o segundo grau, um professor de Português me deu uma poesia que me deixou muito interessada, pois ela falava do amor de um homem por uma camponesa. Esta poesia falava do amor de Jacó por Raquel. Ela dizia mais ou menos assim:

"Sete anos de pastor Jacó servia.

Labão, pai de Raquel, serrana bela,

E não servia ao pai servia a ela,

E a ela só por prêmio pretendia..."

Nesta época eu era adolescente e achei lindo o amor dele por ela. Realmente, ele a amava muito mas foi enganado.



Labão, que só visava lucros em sua vida, disse a Jacó que se ele trabalhasse mais sete anos, ele daria a mão de sua filha mais nova. Apesar da traição, ele concordou por causa do seu grande amor por ela.

Depois destes sete árduos anos (na realidade foram quatorze), finalmente, ele conseguiu ter o amor de sua vida em seus braços. Cada gesto seu mostrava a todos, inclusive para sua mulher Lia, que Raquel era a que ele, realmente, amava. Apesar de já ter filhos com Lia, ele só tinha olhos para a sua amada Raquel que recuperara a bênção que havia sido roubada dela, sete anos atrás.



Mas o amor de Jacó não foi suficiente para Raquel. Ela era estéril e era infeliz. Enquanto sua irmã Lia dava muitos filhos a Jacó, ela não podia ter filhos. O seu desespero se tornou tão intenso que ela chegou junto a Jacó e disse: "Dá-me filhos, se não morro. Então se acendeu a ira de Jacó contra Raquel e disse: Estou eu no lugar de Deus, que te impediu o fruto do teu ventre?" (Gênesis 30:1b-2).

Assim como Sara que deu sua serva Agar para ter um filho com Abraão, Raquel não esperou no Senhor e deu sua serva Bila a Jacó. Ele, então, teve dela dois filhos - Dã e Naftali.
Muitas vezes, nós fazemos como Raquel e Sara. Não esperamos o tempo do Senhor e procuramos resolver nossos problemas com nossa "sabedoria". Achamos que não precisamos do Senhor e, quando tudo dá errado, é que nos lembramos que temos um Deus que tem um plano perfeito para a nossa vida. Não sejamos, irmãs, impetuosas mas tenhamos um espírito que descansa no Senhor e que entrega todas as coisas em Suas mãos.
Mas, apesar da impaciência de Raquel, a Bíblia nos diz: "E lembrou-se Deus de Raquel; e Deus a ouviu, e abriu a sua madre" (Gênesis 30:22).
Raquel, finalmente, pôde dar um filho a Jacó que, no futuro, seria uma bênção para toda a sua família. O seu nome era José.
Vendo este quadro da vida de Raquel, podemos ver quão grande é o amor de Deus por nós. Apesar da nossa desobediência, da nossa infidelidade, Deus é fiel, nos ama e dá a Sua graça. E, podemos ver, que Ele nos ama, não porque somos bons mas porque Ele é bom e fiel.

Irmãs, não é bom sermos filhas deste Deus maravilhoso?
Raquel teve uma vida de espera. Ela esperou:

1- Quatorze anos para se casar com o homem da sua vida;

2- Muitos anos, até Deus, no Seu tempo, abrir a sua madre.
Talvez estes momentos de tribulação da sua vida fizeram-na se achegar mais ao Senhor. Por causa do sofrimento, podemos olhar para a sua vida e aprender com ela duas coisas que devem fazer parte da vida da mulher crente que deseja ser segundo o coração de Deus:

1- Ela teve uma vida de oração que deve ser seguida por cada uma de nós. A oração nos leva até o trono de Deus, onde podemos derramar nossas preocupações, problemas e amarguras que são transformados em uma canção de júbilo e louvor ao Senhor.

A oração nos faz depender do Senhor e nos transforma em mulheres humildes e carentes do Senhor.

2- Ela teve uma vida de fé que deve ser seguida por cada uma de nós.

Colocar no seu primeiro filho o nome de José que significa 'Deus acrescentará' é, realmente, um ato de fé, uma vez que ela tinha dificuldade de engravidar.
A Bíblia nos diz em Hebreus 11:1 o seguinte: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem."
E você, minha irmã, está tendo aqueles momentos de comunhão com o Senhor através da oração?

A sua fé é a mesma daqueles homens e mulheres de Deus que fazem parte da galeria da fé?

Será que Deus está lá no céu acrescentando o seu nome nesta galeria dos heróis da fé?
"Senhor, aumenta a minha fé! Fazei com que eu confie que estás sempre no controle de toda a minha vida. Não importa o que possa acontecer, pois sei que tens um plano maravilhoso para a minha vida.

Que em momento algum da minha vida, eu Te decepcione mas que eu, um dia, atinja a posição de mulher segundo o Teu coração. Amém!"
Raquel, mulher de oração, de fé, teve o seu pedido de ter mais um filho respondido pelo Senhor. Este seu pedido custou a sua vida, pois ao dar à luz o seu segundo filho, ela teve dificuldade. Ele morreu chamando seu filho de Benoni mas Jacó o chamou de Benjamim.
Irmãs, amemos ao Senhor que cuida tanto de nós e sempre nos dá o melhor.

Confiemos que Ele nunca nos abandonará e jamais nos esquecerá.

Assim como Ele cuidou de Raquel dando-lhe dois filhos, Ele também cuidará de nós que também somos suas filhas.
Postado por Revista Virtuosa às 15:29

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